fico deveras contente, a sério … fico mesmo, quando reparo em pequenas coisas que poderão ser, ou, significar eventualmente o primeiro indicio de inicio de reformas acentuadas a politicas ( ou formas de ) antigas e desactualizadas por parte de qualquer instituição do estado português ! neste caso, e referindo-me particularmente a ontem, que por acaso andava a fazer uma local night city-tour a dois limões colegas de trabalho em visita à nossa aldeia, enquanto me dirigia ao centro, qual o meu espanto quando reparámos que nos deslocávamos iluminados apenas pelos faróis do meu carro, bom, e os dos outros também !
sofri imediatamente o comentário de um deles …
“… are you waiting for an air-strike ? “
… bom !
de facto as grandes avenidas estavam todas em black-out ! agora a razão … -estaria a iluminação pública em greve contra o aumento descontrolado do preço do gasóleo? -estaria apenas em descanso depois de ter sido esquecida acesa durante todo o dia? -teria sido esquecimento de algum funcionário em carregar nalgum botão? -seria mesmo um receio real de um ataque aéreo nocturno?
as dúvidas persistiram enquanto passeava os limões já tocados pelas dezenas de festas de comemoração do s.joão existentes nos bairros típicos ( … da expressão “very typical “ ) da capital ! ora aí está ! é poupança ! como a electricidade é fornecida a custo zero às colectividades e outras coisas que tal que decidam organizar uma festarola, qual foi a ideia da cml para a minimização dos custos de abastecimento da rede eléctrica, pelo menos ontem ? corta a da rede pública, assim com assim não existem peões a circular, estão todos na festa … … e todos nós sabemos que o que o povo quer é festa !
espero tanto, mas tanto, estar enganado !
vou-me estupidificar mais um pouco … mas sozinho … não quero ser má influência para ninguém !
ruas negras as ruas negras que persistem, que abafam a luz do sol, são a casa de tantas almas, perdidas … vagueiam lentas, no seu pesado vazio, matam o seu instinto, sentem-se esquecidas !
pode não ser a sua vontade, mas é doença … é epidemia, é miséria assistida, ajudada e reforçada, por tantos que assistem !
sufocados não respiram, sem vacinas são esmagados, ao oferecerem a sua vida, por trocos imediatos !
são tantas as cabeças duras, imensos são os tristes exemplos, que na sua vida simplificada, ou são burros amarrados, ou cavalos de corrida !
estranhos prazeres, sonhos azedos, acções acorrentadas, neste percurso minguado, pelo desejo de quem é escravo, não de si … mas do seu hábito !
cheios de medos recalcados, destinos comprimidos, em frascos bem fechados, prestes a partir !