terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
não contrario nada ...
não contrario nada …
- bolas … porque insistes em ser assim ?
começo a ficar confuso, esta situação não
me está a agradar nada, sabes que a
paciência tem limites …
podias pelo menos deixar de me contrariar
em tudo e qualquer coisa que eu diga …
- eu não te contrario em nenhuma situação …
- claro que contrarias !
- claro que não !
- … tás a ver …
Dio Dast
20110208c1800VFX
alma da desgraça …
bicho de carne viva,
mal embrulhado …
mal amanhado,
um susto para quem avista !
és um pesadelo de noite sonhado,
e vagueias só … e sem destino !
segue os caminhos desconhecidos,
prossegue pelas sombras escondido,
é surreal esta amostra que vive,
dos monstros que em nós existem !
pesa a alma que desejas vender,
ensaia as falas que pretendes dizer,
sempre sem recurso a cábulas,
sem recursos … na algibeira !
come a palha seu jumento selvagem,
mastiga em papa o que queres digerir,
nada mais és do que a merda que cagas,
és insignificante neste mundo de pecado !
vai cabisbaixo em sossego,
animal antes sagrado,
és um anjo banido por deus,
que aquece a alma da desgraça …
que tanto existe em todo lado,
sem tendências para acabar !
existe … ou não … diz adeus,
completa a tua penitência,
assim na vida que morto vives,
que nada te deu … nem exigiste !
não olhes,
não fales,
não penses,
não ajas !
a vitória será sempre rendida,
o sonho sempre desejado,
e a tua vida espezinhada ...
não terá um fim agradável !
Dio Dast
20110208b1600VFX
belzebu reencarnado ...
.
belzebu reencarnado ...
flausina porcalhota,
chaveta enfeminada,
das estrias …
dos refegos …
duma barriga pendurada,
tão cheia e tão inchada !
é uma badalhoca arrebatada,
pelo recheio dos bolsos cheios,
desses tontos arregaçados,
da província refugiados …
nesta cidade escurecida !
venhem … venhem,
venhem a nozes,
venhem as novas vozes,
as mamas de plástico,
as reportadas cobiças,
as mais famosas cuscuvilhices,
inveja … o vosso deus,
as grandes unhas das chiques,
e as malcheirosas bufas …
que não param de ser paridas !
falas … não, não falas,
pelo menos com os olhos,
representas com os bicos,
esses que apontas à vitima,
tão certa e bem escolhida …
aquela em que despertaste,
a tal minhoca perdida,
num buraco adormecido,
deste chão que já deu uvas !
e empurras com os saltos,
e espezinhas o povinho,
és uma cabra sem sangue,
belzebu reencarnado,
uma insensível …
mais ainda desagradável …
és uma vendida …
sua puta maldita !
mesmo assim agitarei,
gritarei em teu nome …
vinde a ti as nossas riquezas,
vinde a ti as nossas alegrias,
matai os nossos sonhos,
escondei a nossa esperança …
afundai os nossos desígnios,
nas profundezas da maldade,
essa que espalheis tão contente !
os cabrestos apodrecidos …
podres … folgados …
soltaram estas bestas,
que se dizem apadrinhados,
por um deus que não reconheço,
que não existe … mas foi votado !
Dominhos Caniçadas
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