Mag work por diop

quinta-feira, 5 de junho de 2008

ruas negras

ruas negras

as ruas negras que persistem,
que abafam a luz do sol,
são a casa de tantas almas,
perdidas … vagueiam lentas,
no seu pesado vazio,
matam o seu instinto,
sentem-se esquecidas !

pode não ser a sua vontade,
mas é doença … é epidemia,
é miséria assistida,
ajudada e reforçada,
por tantos que assistem !

sufocados não respiram,
sem vacinas são esmagados,
ao oferecerem a sua vida,
por trocos imediatos !

são tantas as cabeças duras,
imensos são os tristes exemplos,
que na sua vida simplificada,
ou são burros amarrados,
ou cavalos de corrida !

estranhos prazeres,
sonhos azedos,
acções acorrentadas,
neste percurso minguado,
pelo desejo de quem é escravo,
não de si … mas do seu hábito !

cheios de medos recalcados,
destinos comprimidos,
em frascos bem fechados,
prestes a partir !

diospiro

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