Mag work por diop

domingo, 30 de dezembro de 2007

desafio, mais um !


desafio, mais um !

do topo do afloramento granítico tudo avistava,
visão real da brutal geografia local,
presente para um esforço despendido,
esforço egoísta, esforço matador,
finalmente o fim de uma fome que estava difícil de saciar,
havia já semanas, não havia forma de acabar !
assim que os avistei ... fui conquistado !
finalmente algo á altura,
um desafio que eu ..
da minha vaidade ... subestimei ...
sub-avaliei a dificuldade,
a sua transponibilidade !
facilitei mais uma vez !
mas são estes os objectos,
a razão desta minha potência,
desta busca incansável,
uma procura sem fim à vista !
este valeu-me mais um nível pessoal,
senti que a exigência foi demais,
nunca até agora tanto,
sei que nos últimos cinquenta metros,
já a ver o marco geodésico a apontar o céu,
eu não me lembro de respirar,
arfava com um cão,
como se estivesse com uma trela preso a um punho de aço,
essa gravidade, não nos deixa voar ...
cada rocha, cada inimigo ...
lançava-me em raiva,
mão a mão, pé a pé,
subindo ... sem parar ... sem respirar ... o topo ...
dois calhaus apenas me separavam do céu,
num ... o marco ... o objectivo primeiro ...
noutro ... mesmo ao lado ... o acesso ...
este será a rampa para tomar o outro ...
o salto final ... depois de a trepar !
sem sequer olhar para baixo,
ouvi o meu pai gritar algo,
não consegui perceber,
a minha respiração não deixou ...
um, dois passos atrás,
observo mais uma vez,
imagino o salto,
programo-o conforme anteriores efectuados,
precisão ... não consigo respirar fundo ...
vou ... estou ... rodopio feito tonto ...
contente ... consegui !
num ataque de tosse,
resultado do esforço e da emoção,
aceno ao meu pai, tento gritar-lhe algo ... impossível !
as gotas de suor nos olhos tudo deformam,
não largo o pilar por nada, é meu ... mereço-o !
cinco quilómetros para subir quinhentos e trinta metros,
eu escolhi o caminho, não foi o fácil, nunca é !
o meu pai sabe,
mas nem por isso deixou de me acompanhar,
sempre comigo até onde lhe foi possível ...
o sangue é o mesmo ... o meu .. é o dele !

Dio Dast

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

pobres almas !


pobre almas !

nos cafés ... sempre,
pobres almas perdidas,
em fundos profundos de copos e garrafas,
não interessa a cor,
chegam contentes,
ávidos, desejosos,
sabem que ao vê-lo,
segue o seguinte !
gestos repetidos,
levantamentos sucessivos,
veneno engolido ...
corpos secos que grunhem e vomitam,
através de palavras tontas,
vazias e sem sentido,
falam entorpecidos !
vidas propositadamente entornadas,
escondem a falta de coragem de enfrentar a verdade ...
que sentir ?
que fazer ?
nada posso ...
só fugir,
chorar e rogar,
por eles rezar,
perdão pedir,
pois não sabem o que fazem,
não se sabem perdidos !
pelo liquido de um deus antigo são levados,
seguem confiantes um caminho sem fim desconhecido,
e o seu guia ...
sempre seco ...
pede mais,
muito mais !

Dio

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

lágrima !


lágrima !


lágrima ...
desces lenta pelos rostos,
limpa,
cristalina,
personificação própria de sentimentos,
corres em sua demonstração,
nada temes em teu caminho !
sem cor nem bandeira,
não escolhes a tua origem,
de sentimentos opostos nascida,
apressas-te em fluir,
emoções fortificar,
sem medo de cair,
deixas um rasto brilhante !
sente a minha pele,
quero-te enxugar,
sentir o teu sabor ...
salgado !

Dio

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

maquina infernal !


maquina infernal !

somos todos uns croquetes de carne viva,

enrolados por uma máquina institucional faminta,
perniciosa e complicada !
assistida por anões doentes,
mentalmente alterados,
de ideias e ideais manipulados,
matam e transformam cada utente !
servimos de alimento a quem nos produz ...

carne para canhão ...
como alguém alguma vez disse !
guerra travada com fim calculado ...
guerra com uma máquina infernal,
por nós construída ... revoltada,
virou-se contra a mão criadora,
e cada um de nós,
impávidos e serenos,
seguimos ordeiramente,

como carneiros para um matadouro,
em filas desesperamos ...
caminhamos com um objectivo ...
queremos ser servidos,
em vez disso somos engolidos,
em dentes gigantes de rodas dentadas,
afiados para não escaparmos,
somos puxados para ela,
lá dentro esmiuçados,
espremidos e comprimidos,
chupam-nos até ao tutano ...
até nada restar ...
pobres corpos sem alma ...
sem vontade ...
sem nada !

Dast

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

letras, palavras ...


letras, palavras ...

as letras ...
podem formar palavras,
podem formar frases,
podem formar textos dos mais diversos géneros ...
infelizmente podem não conseguir transmitir a intenção de expressão pretendida !
podem originar más interpretações ...
interpretações erradas e enganosas ...
mais ainda se re-transmitidas intencionalmente manipuladas por mentes perversas, doentes ...
cabeças tontas, que não tendo que fazer, despendem o seu tempo a lançar pedras em lagos
calmos e serenos, numa tentativa de criar ondas ...
pequenas linhas ... progridem através da superfície, elas destabilizam o equilíbrio de qualquer coisa que nela flutue, não escolhem alvos, não se interessam ...
qualquer embarcação por mais segura que esteja deve estar atenta e precavida para estes
prenúncios de tempestade ... oportunidades de aviso prévio são de aproveitar !
o alvo não é a embarcação que flutua, os seus tripulantes sim ... inocentes podem ser apanhados de surpresa pela tempestade anunciada ... pode ser mortal ...
vamos estar atentos a estes espíritos destruidores de serenidade momentaneamente
conseguida ...
vamos erguer os escudos de paz que possuímos ...
vamos iluminar a escuridão com os raios luminosos de sabedoria que adquirimos nesta busca ...

sobrevivência !

nossa única intenção,
condição animal,

insanamente sobrevivemos ...
tudo tentamos para tal !

Dio

( as pessoas são más ... não nos podemos deixar influenciar, a sua verdadeira intenção, temos sempre de procurar ! )

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

cereal nascido ... colhido ... comido !


cereal nascido ... colhido ... comido !

as veias palpitam sabendo que as queres alimentar ...
alimento degradante carregado de veneno tóxico procuras ...
encontras porque sabes onde está ...

a confiança é grande e abusas, não sei se sabes onde estás,
o mundo é cão e tu gostas, avanças sem olhar para trás !
ignoraste o passado, esqueceste-te quem foste, no presente perdeste-te, que vais fazer no futuro ... tu não olhaste para ti e sem saber também esqueceste-te dos outros !
parvos e tontos que te seguiram, desarmados pela tua bondade ... perdeste-a ... deixaste-a ... ou ... vendeste-a em qualquer lado !

eu não quero ...
eu não vou ...

devia ter desconfiado quando te vi,
fraca figura do que foste,
agarrado na estrada num carro emprestado,
apeado de transporte,
ainda bem que fui acompanhado !

não fiques mais sozinho,
tens ajuda se quiseres,
não se pode forçar,
por favor aceita enquanto puderes !

sabes o fim desta história, dela já fugiste uma vez,
algum dia ela não te vai deixar sair,
acorda ... tu és doente !
doença má, não pode ser negada nem escondida,
o risco é enorme,
brincas com a tua vida !

existem pessoas que te querem bem,
ajudaste-me um dia,
conta comigo ...
fica conosco,
este mundo é melhor do que imaginas !

Dio

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

tratado lisboa – os portugueses em geral são burros !


tratado lisboa – os portugueses em geral são burros !

fórum T S F,
hoje, sobre as resoluções do tratado de Lisboa,
sobre se os objectivos da presidência portuguesa terem sido ou não atingidos,
sobre o seu sucesso,
sobre a realização ou não de um referendo aos portugueses,
um dos ouvintes participantes, eu coloco-o numa faixa etária de 60-70 anos,
afirma absolutamente convicto, que, sem dúvida que a presidência foi um sucesso, os objectivos cumpridos como nunca, as posições tomadas foram as correctas, e que as decisões não podiam agradar-lhe mais ...
de seguida refere-se ao referendo da seguinte forma ...
... "não acho que se deveria realizar" ... ( ele é mau )
acrescenta ainda ...
... "não me parece que a maioria dos portugueses votantes tenham o discernimento ou o conhecimento necessário para poder expressar a sua escolha sobre os assuntos tratados" ... ( ele é muito mau )
depois fala, para arrematar a questão ...
... "não podermos andar de costas uns para os outros se quisermos que portugal vá em frente com sucesso" ... ( aqui já está a gozar )
... ora ...
traduzindo o discurso do senhor,
somos todos uns burros,
todos menos ele e os chefes de estado, claro,
nunca iremos ter capacidade de voto, pois nunca vamos estar dentro do assunto como ele está,
só ele é que sabe o que é bom para nós,
não podemos voltar costas ao outros para assim conseguirmos uma união de esforço para levarmos portugal para a frente, política e economicamente claro,
... agora fiquei confuso ...
... esta parte baralha-me ...
se na opinião dele os nosso votos, a nossa expressão livre e idónea de convicções, expressão de opiniões, mesmo que seja nula, é um direito conseguido e que nunca deveremos abdicar, sobre os aspectos sobre qual portugal vem sendo gerido ...
se não interessam para nada, porque raio deveremos nós de juntarmo-nos todos a ele ( ? ) com um só objectivo, objectivo comum, pensamento único ... ele é já de si tão inteligente, para que precisa de nós ?
será que ele ainda não percebeu que com o este discurso lindo só resta mesmo, aos portugueses, deixar que seja ele a decidir o que é melhor para cada um de nós, para todos nós ...
eu não voto nele ...
atenção só não voto porque ele acha que eu não tenho capacidade para tal ...
mas se eu não voto, nem tu, nem ele ou ninguém ...
como vamos levar esta porra para a frente ?
como poderá ele alguma vez vir a ser eleito ?
... auto-eleito ?
bom ... vamos regredir então para depois avançar !

... ahhhnn ... certo ?

pfffff ...

velho estúpido !

Dast

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Centésimo !


Centésimo !

este é o momento de júbilo,
momento de comemoração !

concretização de um objectivo que se iniciou como brincadeira,
neste momento é uma colecção de que me orgulho !

este é o centésimo texto publicado !

comecei sem nada ter,
agora tenho muita coisa,
pela frente mais antevejo,
tudo o que ainda me falta fazer !

não vou parar, quero mais,
demonstração, mais uma vez, da minha compulsividade,
neste aspecto bem direccionada e com uma boa intenção !

adoro tudo e todos !

Diospiro

espelho falso !

espelho falso !

o espelho reflecte uma imagem ...
ilusória ... sem passado nem futuro ...
é o que é, nem mais ... nem menos ...
sempre e apenas no momento da observação !

uma imagem manipulada mentalmente pelo sujeito,
uma imagem passível de milhentas interpretações,
uma imagem duvidosa que não retrata intimidade,
uma imagem falsa sem sentimentos ou emoções,
uma imagem altamente volátil com grandes probabilidades de vir a ser alterada a qualquer momento ...

vestimos capas ...
subterfúgio para ataques, para protecção ...
alter-egos a revelarem-se ...
alter-egos personificados ...
agimos conforme o que somos,
ou julgamos ser ...
somos o que não somos,
fingimos ser !

vida repleta de pessoas que não são o que aparentam ser,
estas capas, estes alter-egos personificados,
levamos com eles todos os dias ...
e com nós mesmos ... ( seremos mesmo ? ) também !

que realidade é realmente compreendida através dos nossos olhos ?
não nos podemos esquecer que é apenas um dos sentidos das imensas capacidades com que fomos prendados ...
depois da imagem, existem muitas outras percepções que vêm contribuir para esta compreensão ...
quais as importâncias atribuídas a cada uma delas,
como estão hierarquicamente distribuídas ...
a sua ordem ...

realidades falsas,
verdades mentirosas,
lidamos e vivemos com elas tal como conseguimos,
umas vezes surpreende-nos ... outras decepciona-nos,
a luta é nossa,
a vida também,
esperamos para ver !

Dio

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

noite fria !


noite fria !

cansado vou aguardando
sossegado a esperar
que a noite fria recolha o seu manto
e a luz do sol ela deixe entrar

que me traga calor e calma
na pele eu quero o seu abraço
espirito contente na minha alma
nada deixe ao acaso

vem-me aconchegar
lembrar o tempo demorado
paixões antigas recordar
em cada tempo encantado

não posso esquecer
da nova vida eu quero mais
alegrias e muito prazer
deixar-te sozinha jamais

pensar sempre em ti
acordado ou a sonhar
tenho certeza que consegui
uma nova vida encontrar

vamos fazer diferente
respeitar a nossa vontade
desejo que se sente
avançar sempre com lealdade

não podemos esquecer
existirá sempre alguém a chorar
que por sonhos não ter nem querer
em vida nada concretizar

Dio

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

fosgasse !


fosgasse !

eu ainda tinha alguma confiança ...
eu ainda acreditava em algumas instituições portuguesas,
daquelas enormes ... antigas ... com muita história ...
daquelas que de alguma forma se tem conseguido auto-gerir,
inovando apostando em novas tecnologias, mas mantendo sempre a nossa historia,
portugal para a frente ... como mote ... nacionalista,
sempre como motivo de orgulho,
como rosto de algo que ainda vai funcionando neste pais,
sempre presente em sua representação entre as melhores do mundo !
pois ...
desiludiu-me,
de certa forma envergonhou-me,
de certa forma não,
envergonhou mesmo ...
que falta de tudo pá ...
sobretudo uma enorme, estupenda,
fantástica, mega,
super, hiper falta de gosto !
onde já se ouviu ?

- "PHONE-IX" ...

que merda é esta pá !
querem-me ver a chorar ?
já não basta o que as outras merdas de instituições fazem ?
não vêm ...
não tomam como exemplo perfeito de tudo o que não se deve fazer com as outras instituições,
também vocês tinham de descambar ?
han ... expliquem-me ...
qualquer dia tenho vergonha de dizer que sou português,
sei que nunca o vou fazer, mas ...
por este caminho qualquer dia deixo de acreditar em mim ...
começamos com um estrangeirismo logo para arrematar de inicio o assunto ...
depois uma semelhança na leitura com uma expressão que não abona em nada o produto que querem vender ...
bom, vendo bem, nem esse nem nenhum ...
expressão substituta de uma asneira ( foda-se, fodasse, seja ... ) bem carregada de intenção, forte ...
já estava com esta coisa na calha para sair faz muito tempo,
tenho evitado ...
mas estava a fervilhar,
já não podia segurar mais ...
sinto :
raiva ... por já estar feito e ser algo que já não se pode alterar,
desilusão ... por estar como está,
angustia ... por me sentir impotente em relação a esta situação,
ansiedade ... por estar constantemente a tentar por tudo encontrar alternativas, querer alterar o funcionamento de certas coisas que estão muito além do meu controlo,
pena ... de nós ... que por sermos como somos, não vamos conseguir nunca marcar a diferença, enquanto formos só tu e eu nada feito ...
muita pena mesmo !
vou terminar o assunto desejando as melhoras a cada departamento/gabinete que ajudou no desenvolvimento deste projecto ( ainda não consigo acreditar que a empresa de publicidade responsavel por esta campanha não tenha dito nada sobre o assunto, imagino-os a sair das reuniões, e logo de seguida a rirem-se desta trapalhada toda ... ), aconselhá-los a não se esquecerem de tomar a medicação quando saem de casa ... insanos já existem em demasia ...

obrigado !

Dast


segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

paciência do caraças !

paciência do caraças !

- olha queres vir lá ?
- onde ?
- porquê ?
- o quê ?
- ai ... estás tonto ou quê ? estou a falar contigo e não me ligas nenhuma, tás no gozo com esta porcaria ... ouve lá ... tu tás surdo ?
- opá ... não ! estava distraído ... aliás vou a conduzir .... queres ter um acidente ? desculpa !
- tens de me dar atenção, eu falo mas tu não me ligas nenhuma ... e não é a primeira vez ! fogo ... às vezes penso estar a falar para o boneco, tu não me ligas nenhuma, não dizes nada, não me respondes ... por exemplo no outro dia íamos a caminho da casa dos meus pais e estávamos a falar sobre o que lhes tinha acontecido durante a viagem aos açores, depois quando lá chegámos, vais e tiveste o descaramento de dizer que não sabias de nada, que não sabias que o meu pai tinha sido apanhado com uma prostituta no carro nas traseiras do Hotel ! AINDA POR CIMA PERGUNTASTE A MINHA MÃE, LOGO A ELA ! fogo, és mesmo estúpido, insensível, parvo .... não me ligas nenhuma .... não sei porque ainda estou contigo ! e da outra vez que o periquito da filha da vizinha da prima da tua irmã foi comido pelo gato, por acaso bem bonito, da vizinha do irmão que é dono do café naquele sitio onde fomos passear uma vez e que eu na conversa descobri que eram da mesma família, lembras-te ... ( ... ) ahnnnn ... estava a falar do quê ? não interessa, a verdade é que eu não te entendo, está cada vez mais difícil de te aturar, impossível mesmo ... qualquer dia começo a chorar e não paro mais, quero ver como vais fazer a seguir, como me vais suportar, tudo devido ao que provocaste !!! pois quero ver .... porque estás a abrandar ? olha que aqui não é seguro, não vês a berma ? olha a arvore ... ai ... cuidado ... parvo ... cada vez pior ! opá ... olha aí !
- acho que temos um furo ! não te importas de ir ver ? deste lado estão a passar muitos carros, é perigoso !
- está bem, mas olha que está frio ... aqui não há morcegos ? e se há lobos, ou bichos esquisitos ? sai por este lado, tenho medo, vá lá ....
- ... não queres chegar cedo ?
- ok, está bem, estou a ir !

vrrruuuummmm

quanta paciência teve este animal de ter até decidir abandonar a companheira na berma duma estrada escura qualquer ?

Dio Dast

( o problema é que também existem gajos assim, bom ... se calhar são gajas, agora é tão difícil de distinguir ...)

versinhos natalícios ( 1 ) !


versinhos natalícios ( 1 ) !

nocauteado por uma força invisível natalícia, senti-me estranho,
senti-me subitamente repleto de boa vontade, de paz, de amor ?

sensação esquisita, deixaste-me permissivo a ataques,
de solidariedade, de voluntariado, de compreensão !

não me posso deixar levar,
tenho de me distrair,
tenho de inventar,
uns versos acho que vou fazer,
talvez me distraia ...
é isso mesmo ...
podes crer !

( eheh ! aqui vai disto ! )

rena maldita que me traíste,
abandonaste-me sozinho à chuva,
preferiste o pai natal e as suas trips,
à tua porta fartei-me de esperar,
já não podia,
não conseguia mais aguentar !

voar pelo mundo fora,
chaminés bonitas visitar,
vou-te cobrar cada momento ...
cada ferradura que me pediste pra ferrar !

prendas a distribuir,
canções a cantar,
granda nóia, cála-te ...
já me está a enjoar !

esta história é tão estúpida,
só podia vir de mim,
tinha de ser completa,
tinha de ser assim !

( ihihih, boa disposição, é Segunda-feira )

foste má com a cobra,
saltaste no momento certo,
querias seguir caminho direito,
mas o instinto estava correcto !

o desvio foi bem feito,
e o caminho bem escolhido,
teria sido perfeito,
se a maçã tivesses mordido !

rena sexy cheia de amor,
não te esqueças que é natal,
veste a tua lingerie vermelha.
que não te fica nada mal !

vamos rebolar na neve,
fazer buracos ... penetrar,
vamos enfiá-los bem fundo,
vamos lá senti-los a congelar !

( ahahah, isto é giro como o caraças ! mais ? )

bolinhas duras e brilhantes,
reluzem sem parar,
são lindas e duras,
anda cá ... queres agarrar !

( ai ... isto está a descambar ! )

pai natal que voas bem,
drogas tomas sem parar,
quais são as tuas preferidas,
para eu te as comprar !

voas, voas, bem depressa,
andas sempre a acelerar,
eu também sou assim,
depois acordo ... estava a sonhar !

o galo começa a cantar,
está na hora do despertar,
espero que não me tenhas levado a mal,
e uma prenda me venhas entregar !

com o sol já bem alto,
abro os olhos com desilusão,
nada de prendas,
fiquei com eles na mão !

eu sei que levaste a mal,
mas não consegui aguentar,
era a tua rena preferida,
mas alguma coisa tinha de marchar !

a consoada foi bem boa,
mais nada se podia esperar,
rena, cobras e maçãs,
comidas com prazer até arrebentar !

Dio Dast

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

adormeci !


adormeci !

o caminho escolhido depois de ultrapassar o desfiladeiro apresenta-se como um salto livre no ar, imensidão tamanha, acastanhada, lisa, perde-se no horizonte, parece não ter fim... acalma-me o espírito !
numa pequena rocha sento-me a descansar, respiro fundo, tento relaxar, fiz tanto para aí conseguir chegar ! avanço confiante recarregado de ânimo, passo a passo vou andando, ervas pequenas, curtas, roídas, serviram de alimento, concerteza, a animais que por aqui antes de mim passaram !
está frio !
protejo-me e continuo, olho em volta, nem sinais de vida para comunicar, mas é tão bonita esta paisagem !
... linda !
o frio continua a aumentar, uma brisa gelada começa a soprar ... junto ao chão, as pequenas ervas parecem retrair-se, na terra proteger-se ...
uma nuvem enorme e escura avisto ao longe, dirige-se para aqui ... detenho-me a observar, talvez com uma fotografia capturar, imagem imponente guardar, parece valer a pena, não se demora em aproximar ...
a brisa muda ...
o que sinto também !
brisa transforma-se em vento, gelado e sombrio, parece carregar consigo um peso duro de se suportar, o silvar provocado são como uivos, gritos perdidos de almas roubadas, de almas perdidas ... tremo !
procuro abrigo, planície estéril sem refúgios, numa pequena vala, rasa e seca, de um antigo curso de água tento-me esconder, não tenho mais nenhuma hipótese, nuvem e vento terei de enfrentar, deitado na lama ressequida o frio é de matar ...
mas que nuvem é esta ?
são ...
animais ...
avançam a uma velocidade incrível, parecem assolar tudo à sua passagem qual horda selvagem e destruidora que assola, pilha, viola tudo a sua passagem, como se nada se lhes opusesse, nada ... nem ninguém, existem para assombrar !
encolho-me, enrolo-me o mais possível, tento-me proteger o melhor que posso, tenho medo ...
o barulho aumenta ...
estão quase a chegar ...
é agora, sinto o chão tremer, ou sou eu ...
pressinto a chegada, sei que estão a passar !
mas não sinto nada, ainda estou de olhos fechados, receio visão prevista ...
o vento está a abrandar, numa brisa suave se está a transformar, os meus olhos teimam em abrir, o que vou encontrar ?
encho-me de coragem, não sei o que vou enfrentar ...
terei de combater ? ... por quem ? ... porquê ?
já chega, medo de merda, porque me estás a paralisar !
não sou eu que aqui estou ... custa-me acreditar, ter-me-ei transformado num merdoso amedrontado ?
recorro à bravura de antigos tempos, tempos de conquistas, méritos sem parar ...
levanto-me, abro os olhos ... que espanto ... nada ...
nada se alterou, a paisagem está igual, está calor, o sol brilha radiante ...
viro-me e olho para trás ...
... o desfiladeiro !
estou aqui ?
adormeci !

Dio Dast

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007


auto-protectiva ?

uau,
lindo,
que bom,
maravilhoso ...
sabe tão bem dizer estas expressões ...
quando ditas com sinceridade, claro !

nem sempre surgem oportunidades para as expressar,
mas eu sei que não existe quem não goste,
sei que não sou o único que gostaria de as repetir constantemente ...
como se costuma dizer ... à boca cheia !

avançamos com passos largos para maiores exigências, com tendência a aumentar !

à medida que tomamos consciência das nossas capacidades e limitações projectamo-las em quem nos rodeia numa atitude egoísta, auto-protectiva ( acho que inventei esta palavra ???? ), com o objectivo básico de quando algo correr mal, termos sempre alguém com quem nos identificar e salvaguardar com pensamentos do género , "fogo ele/ela também sabia, não me ajudou ! de certeza que também faria o mesmo ... " .

ajuda a nossa auto-estima, ajuda o ego a erguer-se após um tropeção, uma escorregadela, um desvio, sabe sempre bem poder comparar uma má atitude, decisão, com alguém que temos em consideração, assim desculpamo-nos com os erros dos outros ...
isto não é nada bom !

aquelas expressões que escrevi no inicio ...
tendem a desaparecer ...
tenho pena, mas ...
cada vez é mais difícil sentirmos fascínio ...
maravilharmo-nos ...
começa a ser tudo tão previsível,
rotineiras ...
faço tudo para que isso não aconteça, dê por onde der, eu não quero isso ...
eu esforço-me !

Dio Dast

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

medos reflectidos !


medos reflectidos !

alegrias passadas, relembradas em saudade,
são memórias fantasmas de tempos difíceis,
reflectidos em espelhos inversos ...
sempre presentes na mente,
jamais serão esquecidos,
para sempre vão viver comigo,
fui assim, infeliz !

pó flutuante, neblina branca,
entupia sonhos, criava ilusões,
pensamentos sujos, constantemente conspurcados,
lavados em álcool escondiam futuros ...
falsas visões numa vida adormecida ...
jamais será assim !

força potente, bonita e atraente,
trouxeste-me para ti,
empurraste-me para a frente de uma batalha difícil,
de luta constante com objectivos eternos,
vitórias conquistar, sempre ...
sempre enquanto cá estiver !

não posso sentir as sombras do passado,
sei que vão lá estar sempre prontas para me assombrar,
mas já não me assustam mais ...
a força não vai deixar !

felicidade espera por mim,
deixa-me te abraçar,
estás longe e num túnel sem fim,
pouco a pouco sei que te vou alcançar !

já te sinto o gosto e as pontas do cabelo consigo tocar,
cada vez estás mais perto ... oiço-te respirar,
estico-me o mais possível, por favor tira-me esta dor,
já nem consigo sequer chorar !

Dio

atac !


atac !

"atac" – acções terroristas anti chulos !
finalmente temos um, ou uns, não interessa, alguém terrorista que funciona com bombas daquelas fisicas, daquelas que rebentam mesmo, daquelas que fazem bum !
todos, ou, muitos países têm, só nós, como é normal, os atrasaditos do canto escuro da europa desenvolvida é que não !
ao longo dos tempos algumas bombitas rebentaram, mas tal como aparecem ... depois desaparecem, ficam apenas as bombas normais dos escândalos na política, no estado, nas finanças, na nossa sociedade em geral ...
( tive de acabar assim porque a lista, como todos sabemos, é interminável e estende-se a tudo e todos )
eu não estou a defender quem decide resolver os seus assuntos desta forma, mas, que sinto que é de alguma forma um sinal de progresso, um sinal de revolta, um despertar social para os tugas, isso é !
para quando estaria previsto a conclusão das nossas autoridades competentes para tratar destes assuntos que provavelmente não estamos preparados para lidar com este tipo de situações ?
pois uma já rebentou, parabéns por ter atingido apenas o alvo pretendido ( digo eu ), agora já chega, acho que estamos todos avisados que cá também acontece, que cá também existem, que cá também matam ...
pronto, ok !

Dast

( constatação má ! é muito mau ! terá sido devido a alguma ineficácia do nosso aparelho judicial que desencadeou esta manifestação brutal de poder escondido representado nestas pequenas demonstrações de força imprevisível e terrífica ? deixo esta questão pois nunca saberemos se para a próxima será apenas o alvo a ser atingido, ou se o alvo será maior e abranja inocentes também ! )