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bichos de mão comprida
arre mula raiada ...
animal estúpido parideiro,
mãe de jumentos atrofiados,
e bichos de mão comprida !
são burros economidos,
que arrastam ambicionados,
um futuro desconhecido,
com visões afuniladas !
à ré ... à ré ...
arre mula teimosa,
que não queres ...
que não podes ...
mas só porque não sabes !
nem os raios geniosos,
nem os espadas azuis,
nem sequer os galhos de ferro,
se interpõem nessa falha !
avé mania cheia de peneiras,
passeias alegre no jardim perdido,
em carroças de animais por nome,
vazia de fé ou qualquer espírito !
e todas as vacas contentes,
por gordos bois convencidos,
passeiam cheias de moscas,
atraídas por tanta podridão !
neste grande baile de carnaval,
no salão das cadeiras trocadas,
é onde decorre este festival,
de personagens acabadas !
eles trocam de mulheres,
partilham grandes segredos,
estes cabrões com dizeres,
abestalhados e bolorentos !
são marias madalenas,
que enganam sem receio,
e que no perdão confiadas,
esmagam sem preconceitos !
e os bichos de mão comprida,
de partidos já escolhidos,
agarrados à braguilha,
sempre ... sempre desconfiados !
oh maria que não sabes,
onde caíste sem escolher,
larga o hábito que defendes,
pois ... já perdeu o seu poder !
dast090125a2000Telhrs290/11
os vendentes
como todos os animais,
somos todos ordenhados,
pela carteira agarrados,
do dinheiro separados !
têm mãos frias estes pastores,
com sentimentos de gelo,
mais emoções de algibeira,
sem quaisquer preocupações !
toca a juntar o rebanho,
organizado pelos valores,
de ordenados vencidos,
de vencimentos futuros !
onde à mais ...
já sacaste ...
olha a cota ...
cumpre o objectivo !
histórias que se inventam,
da família e dos amigos,
é o mundo do faz de conta,
sem regras nem disciplina !
vale tudo para vender,
mentir ... enganar ...
o interesse é só um,
... atingir os resultados !
marcha o puto na escola,
engana a avó nas compras,
o trabalhador no comboio,
a gatinha na paragem !
vai tudo para o mesmo saco,
mesmo que não corresponda,
ao segmento que é desejado,
por uma qualquer companhia !
vende, vende, vende ...
mata ... esfola ... rouba,
senão é igual é parecido,
e a ética ... essa não existe !
sobrevivemos como podemos,
a estes ataques sem alvos certos,
com explosões e gritaria,
tentamos resistir às tentações !
e todos esses filhos da mãe,
cabrões ... sabem como vender,
são chatos como trinta cães,
ganham pela insistência !
mas existe sempre quem precise,
dos seus produtos ou serviços,
ou então passam a precisar ...
mesmo sem saber o que seja !
dast090122a1330CRib288/09
tru américos
e mais uma vez os américos nos dão uma valente “lição” !
a maravilhosa “lição” de :
vamos voltar atrás, vamos todos fingir que nada aconteceu !
ninguém melhor do que eles para nos ensinar,
atenção ... por “nos” entendo os nossos; perdão deles próprios;
políticos como fazer o que de maneira alguma queremos; eles querem;
fazer !
será de facto melhor ter um preto na presidência do que uma mulher ?
o que se pode aprender com esta decisão é básico ...
... quer dizer que antes de serem racistas convictos,
xenófobos atrofiados, estúpidos e idiotas convencidões ...
conseguem muito pior ...
ser machistas !
são tão machistas ...
mas tanto ...
que preferem admitir que estavam errados !
errados na forma como viveram até à muito pouco tempo ...
na forma como tratavam os “afro-americanos” e outros tantos ...
quem possuísse características diferentes de umas quaisquer ...
aquelas que decidiram tomar como “true american”,
eram crucificados ou marcados para uma vida de sofrimento e opressão !
mas não,
isso não interessa para nada,
pior que um preto à frente da nação ...
seria uma mulher !
bolas ...
agora não sei onde arrumar essa nação livre ...
rica ...
democrática ...
essa terra das oportunidades ...
aberta e desenvolvida ...
onde guardam eles a vergonha ?
isso é que temos de aprender ...
talvez seja mesmo a única coisa que possamos realmente aprender com eles ...
... como fazem eles para esconder,
tapar, disfarçar, matar, enterrar ...
todas as vergonhas que têm conseguido conquistar !
como ?
mas como fazem eles ?
hum ?
pois é ! nunca o saberemos !
viva oburned
...perdão, foi do sol ...
obama !
dast090120a1715CRib287/08
visão horrível
eu vi uma muleta,
retorcida na berma,
à sombra do separador,
deitada ... sem dor !
mil pedaços espalhados,
de plásticos coloridos,
de vidros estilhaçados,
no negro do alcatrão !
eu vi um velho a chorar,
apoiado num camião,
na porta encarnada,
que ouvia o seu choro !
mais um e mais outro,
com piscas ligados,
um comboio sem fim,
de camiões encostados !
eu vi tantos bocados de chapa,
que atropelo com cuidado,
devagar quase parado,
nesta fila em que estou !
ouço sirenes ao longe ...
uma ambulância em sufoco,
abro espaço para ela passar,
em urgência ... em socorro !
eu não sei se quero ver,
o quadro que adivinho,
desenho mentalmente,
uma visão arrepiante !
devagar ... quase parado,
aproximo-me pensativo,
preparo-me para o pior,
um espectáculo grotesco !
vejo um monte de ferro,
com umas rodas atrás,
mastigado ... sem frente,
de vermelho disfarçado !
uma cabeça que mexe,
no banco de trás ...
abraçado ao da frente,
a algo ... não reconheço !
meio fora ... meio dentro,
não consigo determinar,
nesta amálgama de ferro,
encaracolado e distorcido !
eu não consigo olhar,
já começa a ser minha,
essa agonia que vejo,
nesse pedaço esmagado !
uma tristeza demoníaca,
bem estampada nas faces,
dos condutores que devagar,
lá passam ... sem parar !
e o medo ... e a revolta,
e a agonia ... e o desespero,
aqui estão todos misturados,
neste caldeirão de sentimentos !
é a realidade a mostrar-se,
assim ... a todos ... friamente,
sem medo revela a fronteira,
da verdade crua que espera !
dast090115a1315A1N/S285/07
espírito achado
deste chão que piso quando caminho,
este em que deixo as minhas marcas,
ouço um murmurinho ... tão baixinho,
em cada passada ... cada vez que o piso,
de outros que talvez por aqui já passaram !
caminho devagar evitando os barulhos,
estou curioso com todos estes sons,
soam a antigos ... quero ouvir ...
podem ser vozes que reclamam,
nunca antes terem sido ouvidas !
eu deito-me nele ... neste chão,
para o sentir ... mesmo frio,
relaxo todos os meus sentidos,
para o escutar ... compreender,
o que estas vozes têm para dizer !
podem ser talvez relatos ...
de grandes lutas e guerras longas ...
infelizes romances escondidos,
ou apenas histórias de lendas lindas,
ou horríveis acontecimentos !
mas alheado aqui deitado no chão,
olho o céu tão limpo e brilhante,
que sem qualquer nuvem apela à paz ...
descontraio-me ... deixo-me levar,
como se flutuasse ... num voo baixinho !
e o murmurinho que julguei ouvir ...
parece ter desaparecido ... deixei de ouvir,
foi substituído por outros ...
quem sabe porventura mais reais ...
serão concerteza verdadeiros !
as folhas que roçam umas nas outras,
nos galhos e troncos de tantas arvores,
estas que me rodeiam neste espaço,
eu quase sinto o seu abraço ...
que me aconchega e delicia !
ouço a sua voz trazida pelo vento,
passa por mim e ecoa em meu redor,
nestas ervas altas que me envolvem,
que suavemente me acarinham,
com movimentos coordenados ... são ligeiras !
sem querer ... sem pensar,
sem qualquer esforço ... saio de mim,
reencontro o meu espírito,
que julgado já perdido,
vagueava triste e sozinho !
ouvir ... escutar ...
compreender ... aceitar ...
para encontrar o que preciso,
talvez seja uma paz ...
e talvez a mereça !
diospiro090113a1030CRib284/05
só pode ... aliás, é !
é a porra da naftalina !
este cheiro entupidor,
bloqueador narigal,
que não despega ...
que não sai !
que raio de ideia,
tão parva e mais absurda,
estupida anormal ...
que um dia um anormalóide teve,
de um sonho contorcido,
pelas fezes matinais !
gaseado por si mesmo,
carregou o seu fedor,
pela casa lado a lado,
e que todos intoxicou !
matou todas as famílias,
do edifício onde vivia,
e nem os bombeiros sacrificados,
tão frustrados lá penetraram !
nesse covil de destruição massiva,
os que sobreviveram a este vil ataque,
a vingança ... ele prometeu,
vou inventar para dominar !
vou dizer que é para traças,
para moscas e até baratas,
mas o alvo está escondido,
todos irei envenenar !
os curiosos estão danados,
com essas bolas entaladas,
nas narinas que estremecem,
quando o cheiro lhes agarra !
e as crianças coitadinhas,
com as roupas impregnadas,
deste cheiro mal lavado,
entranhado até às orelhas !
dast090106c1619CRib282/03
a cruzada modernaça !
são as anas de tantos nomes,
mais a patrícia ... mariana,
a cláudia e a andreia !
e o ricardo e o machado,
o filipe ... o eduardo e o carlos,
e ainda o bruno e o diogo !
com o peito inchado de valentia,
que é a nossa arma tão corajosa,
é a bravura por demais reconhecida !
naquela centena dos estrangeiros,
de conquistadores conquistados,
numa terra de longe perdida,
eles pernoitaram durante dias,
para desbravar o que os rodeava !
pelas grandes serras das gigantes pedras,
com fronteiras de quilómetros sem fim à vista,
perderam-se contentes nos salpicos verdes,
que lhes oxigena o coração valente !
nem o frio manto branco que as cobria,
as conseguiu proteger destes soldados,
que com coragem tanto atacaram,
sem qualquer medo ou ressentimento !
bem calçados com laminas cortantes,
atropelaram os nativos que se juntavam aos molhos,
estes que se julgavam senhores da montada,
que os elevaria a esse cume altivo !
quais guerreiros sem qualquer medo,
desceram rápido as ladeiras íngremes,
a olhar a paisagem pelo meio das nuvens,
ultrapassaram as sombras que os perseguiam !
esta é a massa do nosso sangue,
que corre grossa e que nos obriga,
à conquista dos desafios impostos,
e que todos aceitamos com alegria !
e os risos são gargalhadas,
e as tristezas são alegrias !
não esquecemos ... trouxemos retratos,
tão bonitos ... foram bem pintados,
foi um conto ... agora é uma história ...
que já passou ... mas ficou guardada !
diospiro
( um momento de descontracção ... sff ! )
atenção que é um rascunho ...... not yet finished !090106b1513CRib281/02