escuto ... não ouvi !

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escuto ... não ouvi !

ah eu não sei !

seguindo algumas noticias destes
últimos dias, gostaria de comentar
uma do expresso electrónico de hoje
sobre as escutas ao armando pau e
ao primeiro sócratex ...

um jurista afirma que a lei das
escutas está mal redigida ...

e eu que julgava que tinha dificuldade
em escrever portusil ou brasilêz, afinal
já existiam dificuldades muito antes do
desacordo unilateral entre o português
europeu e o português americano ...

mas não é sobre este assunto que eu
desejo escrever ...

é sim sobre o facto de o jurista em
causa, e atenção que não é o nome
do jurista que interessa e por isso
não está aqui nomeado mas sim os
meandros pelos quais as decisões
podem ser tomadas conforme o
interesse de alguém, vir afirmar que
conforme a lei está redigida e a forma
como foi aplicada, esta vem permitir
duas interpretações distintas, causando
ao coitadinho do procurador geral da
republica, vulgo o pgr, um dilema, ou
seja, considerar ou não as escutas
válidas para o processo !

afirma também que a situação mais
cómoda para o pobrezito do pgr seria
por optar como nulas estas escutas !

começando pelo meio e descambando
para qualquer lado, quero comentar
o gozo que não me dá assistir a este
triste circo que nos escraviza como
palhaços para um público que não é
nada mais, nada menos, que ferozes
animais preparados para nos deitar
a unha e enganar como lhes der na
vinheta ...

sem protecção, ou então protegidos
por grades com grandes buracos,
não lutamos, apenas nos lamentamos
de como estamos “entregues à
bicharada” !

e desta ninguém me tira, eu que ando
neste circo como trapezista, embora
protegido por uma grande rede, não
me largo de qualquer forma do meu
trapézio ... ah pois não !

agora vou ali chorar um bocadinho,
com licença !

dast

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